ELEITORES BRASILEIROS DESDE 2002

ELEITORES BRASILEIROS DESDE 2002

Bem vindo(a) ao interior do meu cérebro!


It blog be happy and proud to know that people of the USA are the bigger part of NB' access received in W3.
Thanks a lot!
Thanks too to Alemanha, França, Portugal, Suécia, Irlanda, Eslováquia, Dinamarca and so many countries and people around the world for watching NOTAS BACANAS.
You're all welcome!
Remember: use the Translate at the right side of the page and follow @AticoDemofilo and @NBacanas on Twitter.

S.O.S. NOTAS BACANAS


TÁ AFIM DE SACANEAR O NOTAS BACANAS?

BANCO: ITAÚ
CONTA: 78817-1
AGÊNCIA: 6133




quinta-feira, 30 de março de 2017


“Debate da terceirização”

( PORQUE  #SOMOSTUCANOS )


Um dos maiores problemas da política brasileira são os comportamentos incoerentes de nossos representantes e partidos, que constantemente deixam os interesses de seus projetos de poder sobrepujarem as melhorias que a população anseia. A reação de alguns representantes púbicos em relação ao projeto de lei aprovado pela Câmara sobre a regulamentação da terceirização é apenas mais entre muitos destes episódios.
Antes entrar nos méritos e problemas da regulamentação, é importante perceber que, teoricamente, ele deveria ser apartidário, como comprova sua história. Inicialmente concebido durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, o projeto teve continuidade na gestão Lula e também de Dilma, que o defendia entusiasticamente, como pode ser verificado facilmente em pesquisas nos principais jornais do país. Bastou o PT sair do poder e passaram a demonizar a regulamentação.
As leis trabalhistas brasileiras, em sua base, foram criadas em 1943. Desde então existiram avanços e, em alguns casos, como a terceirização, criação de relações jurídicas que são difíceis de analisar em qualquer modalidade de teoria do direito.
Medidas relacionadas à terceirização não são novidades. Em 1970 foi introduzida a regulamentação do contrato de trabalho temporário, com um absurdo entendimento de ilegalidade na contratação de trabalhador por empresa interposta (que prestam serviço para outra com o objetivo de viabilizar sua atividade econômica e produtiva). Obviamente isso gerou decisões jurídicas contraditórias e falhas para lidar com contratos de prestação de serviços.
Anos depois foi criada a distinção de “atividade-meio” e “atividade-fim”, que conflita com definições de administração e economia e não resolveram as condições jurídicas de empresário e trabalhadores. Em uma nova tentativa de melhorar este cenário, a Câmara de Deputados aprovou este ano o projeto de lei que busca regulamentar a questão da terceirização no Brasil.
Entre os aspectos positivos da regulamentação encontramos maiores garantias contra fraudes, com exigências econômicas das empresas, como capital compatível ao número de empregados, CNPJ e registro na Junta Comercial. Também prevê maior combate a desvio de funções, definição de valores no contrato firmado e fiscalização e aplicação de multa caso não ocorra o cumprimento de condições adequadas de trabalho.
Logicamente que alguns temas ainda podem receber aperfeiçoamentos, como a implantação da responsabilidade solidária do contratante, que iria estimular a fiscalização e cumprimento das obrigações trabalhistas, bem como a questão do enquadramento sindical, pouco abordado na regulamentação.
A regulamentação não é perfeita, mas representa um avanço ao cenário de limbo jurídico que empresários e empregados vivem neste segmento. A realidade é que já se passaram mais de 70 anos da sanção da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e ainda não temos uma resposta adequada à questão da terceirização, que só poderemos começar a vislumbrar quando a classe política começar a dialogar para a conjunção de interesses opostos, construindo com visões diferentes soluções consensuais que beneficiem nossa sociedade.
Marcello Richa é presidente do Instituto Teotônio Vilela do Paraná (ITV-PR)

Nenhum comentário:

Postar um comentário