06/07/2017
“Semeadores do ódio”
por Ademar Traiano
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que seus adversários
políticos “estão provando do veneno que produziram neste país. Estão
colhendo tempestade porque plantaram vento. Este país está com clima de
ódio, intolerância, porque eles criaram desde 2013, culpando o PT”.
Não
é novidade ver Lula e o PT andando na contramão da verdade, distorcendo
os fatos ou mentindo abertamente. Entretanto, é difícil encontrar um
exemplo de falácia, mentira e subversão dos fatos tão flagrante quanto
esta. Desde 2013, quando a população começou a protestar, até 2016,
quando os brasileiros derrubaram o PT, se alguém plantou ventos e colheu
tempestades, foi o petismo.
Se
alguém ensinou o Brasil a fazer política com ódio foram os petistas.
Foram eles que dividiram o país em “nós e eles”, que racharam o país
entres os bons (os petistas) e os maus (todos os que não se alinhavam
com eles), que apelidaram de “heróis do povo brasileiro”, delinquentes
apanhados em flagrante delito.
Essa
radicalização insensata e contínua produziu um país dividido e acabou
gerando um inédito movimento popular. Significativo o suficiente para
exigir nas ruas, e conseguir, a saída do PT do poder. Um movimento que
culminou em 2016, quando a radicalização do petismo, combinada com uma
corrupção gigantesca, somada a incompetência terminal da ‘presidenta’
petista, Dilma Rousseff, levou o país à ruína.
O
PT não admite essa realidade flagrante, que pode ser medida por números
inquestionáveis. Como 13 milhões de desempregados, volta da inflação,
quedas consecutivas do PIB e recessão. Longe de admitir o petismo foi à
causa da própria ruína, Lula insinua que o monumental fracasso de Dilma,
que levou às políticas do PT as últimas consequências, seria, como
dizia Roberto Campos, um sucesso mal explicado.
Ou
ainda o fruto de tenebrosas e risíveis conspirações ianques,
inconformados com o “Brasil que tinha virado um protagonista
internacional”, ou ainda ciumeiras do pré-sal. Como se Dilma e o PT
precisassem de algum tipo de auxílio para afundar o país.
Toda
essa fabulação tem por objetivo produzir uma narrativa fantástica que
mira o eleitor menos informado, com má memória, a quem se tentará vender
a ideia que o país ia muito bem, quando os “golpistas” derrubaram
Dilma. Logo, a solução para a crise, criada pelo petismo, seria mais PT.
Já
se vê o PT falando, abertamente, que os desastres econômicos, os
desmandos, e até mesmo a corrupção – que se tornou a marca registrada do
partido – só ocorreram depois que o Partido dos Trabalhadores saiu do
Poder…
Essa
clara aposta na distorção dos fatos e na manipulação da verdade mostra o
tipo de política em que o petismo está apostando. Na mais rasteira
distorção dos fatos. Os partidos e os eleitores brasileiros precisam
estar preparados para uma campanha sórdida.
* Ademar Traiano é deputado estadual, presidente da Assembleia Legislativa e do PSDB do Paraná.
Fonte: www.psdb.org.br