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Ao articularem candidatura de Dilma em 2018, petistas criam factoides para a imprensa, avalia tucano

Brasília (DF) – As articulações de alguns petistas para lançarem a ex-presidente cassada Dilma Rousseff como candidata à Câmara, ao Senado ou até mesmo ao governo do Rio Grande do Sul em 2018 podem nem mesmo sair do papel. Isso porque, apesar do “fatiamento” da votação do impeachment no Senado ter mantido os direitos políticos da petista, Dilma se tornaria inelegível por se enquadrar na Lei da Ficha Limpa, tendo sido julgada e condenada por crime contra a administração pública. É o que mostra reportagem publicada nesta terça (22) pelo jornal Metro.

Ouvidos pelo jornal, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já afirmaram que “no caso concreto” de uma eventual candidatura de Dilma, uma ação civil pública poderia impedir de imediato o registro de sua candidatura. Vale frisar que o Artigo 1º da Lei das Condições de Inelegibilidade, alterado pela Lei da Ficha Limpa, é claro: crimes contra a administração têm como consequência a inelegibilidade.

O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) avaliou que as articulações para viabilizar uma eventual candidatura de Dilma Rousseff a qualquer cargo público não passam de factoides criados pelos petistas para manter o seu partido relevante para a imprensa.

“A gente tem acompanhado em matérias do ex-presidente Lula ele reafirmando que é candidato para revitalizar o partido, e nós sabemos que tudo isso são factoides, que eles lançam para que a imagem do PT não caia a cada dia mais. Sabemos que haverá os impedimentos oficiais e jurídicos, mas isso só se concretiza na época em que for feita a solicitação dos registros de candidatura. Quer dizer, eles, para poderem ter matéria e emplacar na mídia, têm que ficar efetivamente se apresentando, dizendo que são candidatos, que Lula é candidato à Presidência, que Dilma vai ser candidata a senadora, a deputada. Tudo isso para ter matéria, na tentativa de oxigenar ainda o PT, cuja situação é muito complexa”, afirmou.

“Eles estão fazendo o trabalho que sempre fizeram: o de ficar nutrindo alguma esperança de algo que é difícil de se concretizar”, acrescentou o parlamentar.

PT no ostracismo

Para o tucano, a tentativa desesperada do Partido dos Trabalhadores de se manter relevante, apoiando a candidatura de figuras da legenda envolvidas em grandes escândalos políticos e de corrupção, evidencia que o PT caiu no ostracismo, e não tem quadros fortes o suficiente para apresentar como opção aos brasileiros nas próximas eleições.

“A gente observa que nas eleições municipais, o próprio número de candidatos a prefeito do PT caiu substancialmente. Vários parlamentares já sinalizam que quando for oficializada a autorização para mudar de partido, muitos parlamentares a nível estadual e federal deverão também deixar a sigla. Eles vão ter que rever toda a situação política do PT, porque eles apresentavam uma proposta e fizeram outra, gerando toda essa crise no nosso país, principalmente no aspecto administrativo, político e financeiro”, completou Gomes de Matos.

Fonte: Rede45