ELEITORES BRASILEIROS DESDE 2002

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terça-feira, 19 de janeiro de 2016


POR FAVOR, CREIAM EM MIM...
Parte 21

Eu não contara ao velho Alberto e sua filha o que aconteceu a Elizabeth, ou a minha involuntária perseguição de carro à sua irmã, nem o fim que cada um encontrou ao cruzar meu destino. Minha cruz era essa e, por sinal, muito pesada.
No prazo prometido, voltei à casa dovelho camponês. Enfiei o Ford-Voador por uma estradinha de terra que levava até uma casinha e deixei-o parado no terreiro em frente a ela. O velho já me esperava.
_ Meu amigo Davi!_ Disse com os dentes de fora _ Que bom que chegou. Fêz a viagem tranquilo? Entre, chegou bem a tempo de uma refeição.
Entrei, e todos comemos um lanche que Ana preparou, com café e espigas de milho e também um bolo. Depois fui conhecer o resto da casa. Vi o quarto de Alberto, o de Ana e a cozinha que tinha uma área para os fundos. O banheiro ficava lá fora, atrás da casa. Havia também um poço e o galpão, onde ficavam dois cavalos, um trator enguiçado e um arado. O velho tinha, no seu quarto, um rifle para afugentar alguns engraçadinhos que por ventura viessem da cidade mais perto para molestar Ana que, nas palavras do velho, "nunca andou com homem algum". Disse que era normal isso acontecer pois Ana era muito bonita e tinha pretendentes, mas não queria nada com homens; vivia de ajudar seu pai no campo, e isso irritava alguns rapazes que, indignados, vinham jogar pedras na casa ou espantar os cavalos no campo com suas motocicletas, símbolos das gordas paternidades que tinham. Mas não era sempre, dizia o velho; era até coisa rara, apesar de ser normal. Sugeri que ovelho arranjasse um cachorro e ele sorriu. Disse que não pensara nisso ainda, mas gostara da idéia e poria-a em prática.
_ Assim que for à cidade, compro um. _Disse ele.
Na primeira noite, fizeram questão que eu dormisse na sala, mas disse que dormiria no galpão enquanto estivesse na casa.
No dia seguinte à minha chegada, consertei o trator. Já entendia bastante de mecânica, de tanto lidar com caminhão. Depois disso, fui dormir à tarde, pois pretendia passar as noites acordado, olhando para o céu, e para isso, descansaria de dia. O homem gostou bastante de ver o seu instrumento de trabalho funcionando novamente, e não deu opiniões quanto ao meu modo de agir, esperando as luzes aparecerem. Ele só disse que eu tivesse calma pois, na certa, elas surgiriam no céu; isso para ele era uma rotina.
O velho Alberto, apesar de sua idade, mostrava-se ainda viril e cuidava bem de sua saúde, dormindo todas as tardes, como eu também fazia. Apenas Ana ficava cuidando da casa. Eu sempre a ajudava pela manhã, no que podia.
Uma coisa curiosa estava acontecendo: Desde que conheci Ana, nunca ouvira uma palavra de sua boca. "Será que era muda?" Pensei...
Não me atrevi a perguntar.

Continua...

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