ELEITORES BRASILEIROS DESDE 2002

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sexta-feira, 3 de julho de 2015


POR FAVOR, CREIAM EM MIM...
Parte 2

O ônibus estava parado e atravessado na estrada, ocupando as duas pistas. Estava distante poucos metros do local onde havia caído, arrebentando a grade protetora que continuava arrebentada. O silêncio era total na estrada. Dentro do ônibus todos estavam mudos de medo, de susto e por não se entender nada do que acontecia naquele instante. Todos viram o ônibus sair da estrada, quebrar a grade protetora e despencar no barranco, Todos nós estávamos dentro do ônibus e devíamos estar lá no fundo do precipício, mortos, mas estávamos na estrada, com os motores parados e com as luzes acesas.
O motorista foi o primeiro a falar; perguntou abismado o quê estava se passando conosco.
_ É impossível!! _ Repetia_ É impossível!
uma mulher deu um grito e a que estava do meu lado desmaiou, um homem semi-louco chamava por Deus, uma criança chorava e eu queria ainda entender tudo aquilo. Era uma loucura. Eu não sabia sequer, por que  o ônibus corria tanto antes de cair. Sacudi a passageira vizinha a mim, mas ela continuava sem sentidos. Todos saíam do ônibus apressados, com medo de alguma coisa que eu não tinha visto porque estava dormindo, e isso era a causa do medo e do espanto de não estarmos mortos, acabados. Tudo se misturou na minha cabeça e eu entrei em pânico. Saí do ônibus também e agarrei o motorista pela camisa, não que eu o quisesse agarrar, mas ele foi o primeiro que vi, podia ser qualquer outro, queria mesmo era a resposta daquilo tudo. Será que eu estava louco? Morto? Sonhando?
_ O quê aconteceu?
_ A coisa...
_ Quê coisa?
_ ...A coisa... voando... o ônibus...
_ Fale direito, cara! Quê coisa voando?
_ A luz... Foi horrível... meu Deus, foi horrível!
O motorista estava histérico, e pelo jeito eu ia ficar assim também se não descobrisse logo o que havia acontecido.
O ônibus ficou vazio, atravessado na pista. Não tinha passado um carro até então, e se passasse poderia na certa se chocar com o coletivo. Ninguém que estivesse dirigindo naquela estrada à noite iria imaginar um ônibus enviesado, parado numa curva. Quando percebi o perigo da situação, gritei para o motorista tirasse o carro dali, mas ele não me ouvia, só ficava repetindo "... a coisa... a coisa..." Perguntei para os outros passageiros se alguém sabia dirigir um ônibus, mas todos estavam em estado de choque. Talvez eu fosse o mais lúcido por não ter visto o que eles viram antes de caírmos. Mas, droga, se caímos, devíamos estar mortos... eu também já estava meio maluco. Olhei a grade destruída e vi que não teria respostas imediatas para nada, talvez nunca tivesse. Subi no ônibus, tomei o assento do motorista, e tentei tirá-lo dali, mas me lembrei que não sabia dirigir assim que peguei no volante. Desci e gritei para que todos se afastassem, pois era perigoso ficar ali no meio da estrada. Tínhamos que manter a calma e isso tinha se tornado impossível. Ninguém me deu atenção.
De um lado, um paredão montanhoso, do outro, um abismo. No meio, uma estrada e na estrada um ônibus e várias pessoas. Algumas rezando, outras mudas ou chorando. O quadro geral era esse. Tentei me refazer do susto. O céu estava cheio de estrelas, e poucas vezes eu tinha visto um céu tão bonito quanto aquele. Por um  instante me esqueci do que estava acontecendo, mas foi só por um instante. tudo ficou claro de repente, como se um farol nos tivesse atingido, da mesma forma que ficou antes do ônibus cair. Era como se o sol brilhasse em pleno dia sobre nós. Ouvi uma espécie de vibração sônica, o chão tremeu e as mulheres recomeçaram a gritar. Ninguém saiu do lugar, estávamos todos parados olhando para aquilo que eu só poderia definir como " a coisa que os outros viram no ônibus e eu não."
Era imensa a visão que eu tinha, parecia um avião  pairando sobre nós. A luz que nos envolvia vinha da coisa. Era uma espécie de farol que a coisa tinha na parte debaixo. eu não conseguia raciocinar nada naquele instante, mas um nome me veio à boca sem que eu fizesse força para isso, talvez por associação ou reflexo vocal, eu disse o que acharia absurdo, bobo e infantil de se dizer naquela hora se estivesse calmo.
_ ... Disco-voador...
É, foi isso que eu disse, pois só podia ser para isso que eu e os outros passageiros do ônibus estávamos olhando, totalmente apatetados.
Daí em diante, qualquer maluquice era pouco pra mim. Uma mulher gritou, só que desta vez junto com todos, inclusive eu, pois uma carreta acabava de entrar na curva com velocidade suficiente para jogar o ônibus no precipício novamente. algumas pessoas estavam no meio da pista e foram atropeladas pelo caminhão que mal teve tempo de frear, e se chocou com o ônibus explodindo, enquanto caíam os dois no precipício. Eu fiquei agarrado no paredão vendo toda a cena, e a luz da coisa continuava o tempo todo sobre nós, tudo estava claro como o dia e tinha sangue pela estrada. Olhei para cima e a "coisa" parecia estar mais baixa, a vibração transformou-se em zunido e o chão não tremia mais. Fazia muito calor, a luz ficou quente, e eu estava apavorado com tudo. Vi uma única mulher berrando em estado de choque, mas não ouvia sua voz pois o zunido tinha ficado mais forte e insuportável, abafando qualquer outro som. Levei as mãos aos ouvidos e gritei para que tudo aquilo parasse. Um corpo mutilado foi projetado na colisão e caiu no chão perto de mim. Senti um forte susto seguido de náuseas quando o vi, depois, não sei mais nada, acho que desmaiei.

Continua...

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