ELEITORES BRASILEIROS DESDE 2002

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quinta-feira, 26 de novembro de 2015


POR FAVOR, CREIAM EM MIM...
Parte 18

Levamos três dias para chegar ao local exato das aparições. Os caminhoneiros que captavam nossa faixa iam nos indicando o caminho e terminamos por dar numa aldeia afastada, bem longe das principais vias de acesso.
Ficamos lá uma semana mas nada vimos e começamos a achar que haviam nos pregado uma peça de mau gosto pois, com exeção de umas poucas pessoas que diziam ter visto luzes estranhas no céu quase um mês atrás, ninguém mais sabia de nada. na certa viram aviões, pensei. Também não encontramos nenhum caminhoneiro por lá devido ao afastamento daquele lugar.
Fizemos duas rápidas amizades por lá que, quando resolvemos partir, nos pediram uma carona. Íamos direto para Manaus ver se arrumávamos uma carga que nos levasse mais para o leste do país e não achei que fosse mau "dar um bonde" para nossos amigos. Eram dois rapazolas; um de dezessete e outro de quinze anos. Disseram-se filhos de moradores da aldeia e queriam ir para Manaus atrás de emprego. Elizabeth não foi muito com a cara deles e notei que eram mais meus amigos que dela. Mesmo assim ela não se opôs à carona. O bagageiro estava vazio e deixei os rapazes irem lá.
Na cabine do caminhão não se ouvia nem um ruído nos primeiros quilômetros da viagem. Tanto eu quanto minha amiga estávamos decepcionados com a furada em que nos metemos e já nos sentíamos os maiores patetas do mundo quando um dos rapazes gritou lá de trás, batendo no teto do nosso Ford. Parei para ver o quê acontecia. A estrada em que estávamos era de terra batida e cortava uma floresta pouco espessa. Não gostei de parar pois cismava que por ali tinha índios incivilizados que nos atacariam na primeira oportunidade. É claro que isso era um pouco de exagero meu.
_ O quê foi?
_ Desculpe...é o meu amigo aqui...parece que comeu qualquer coisa estragada antes de sairmos...o sr. entende? _Disfarcei um sorriso e o rapaz mais novo desceu do bagageiro apressado.
_ Desculpe moço. _ Disse, já se enfiando no mato.
_ Está tudo bem. Vai logo...
Pensei que o garoto fosse demorar um pouco no mato fazendo suas necessidades mas, ao invés disso, ele tirou uma faca da cinta e voltou logo. Abriu a porta do caminhão e bradou:
_ Desce moço!
Fiquei totalmente sem ação. Olhei para o lado e o rapaz mais velho estava com um revólver apontado para a cabeça de Elizabeth. Enquanto me espantei com um o outro descera do caminhão pelo outro lado.
_ Não tenta nada, moço! _Advertiu o mais velho.
Nos fizeram sair do caminhão e entrar no mato. Elizabeth tremia e suava frio.
_ O dinheiro...dá o dinheiro pra nós, moço...
Tirei o que tinha no bolso e entreguei. Os dois já deviam ter feito aquilo antes pois não estavam nervosos nem um pouco. Muito pelo contrário. Na certa eram ratos de estrada. O maior mandou o amigo revistar o Ford para ver se tínhamos mais dinheiro e ficou nos vigiando de arma na mão até que voltasse. Logo depois, chegou:
_ Tinha mais dinheiro lá, muito mais..._Disse, contando notas mão.
_ O quê vamos fazer com eles? _Perguntou rindo.
_ Não mata ela não. _falou o mais jovem, olhando de olho arregalado para Elizabeth. _ Eu quero fazer com ela...
_ Nãoo! _Gritei.
_ Cala a boca moço... senão...te passo fogo...
Elizabeth começou a gritar e o mais velho apontou o revólver para minha cabeça.
_ Se não for boazinha pra gente eu mato ele, moça...
_ Por favor, não façam isso!
O mais novo começou a rir baixinho, jogou a faca no chão e se agarrou em Elizabeth. Ela ainda tentou reagir mas olhou para o outro que assistia a cena, ao mesmo tempo que me vigiava de dedo no gatilho, e começou a chorar. Ela chorava e o maldito ria.
_ Tira essa roupa, moça, que eu quero ver...
Ela se despiu. Ele parecia um menino em loja de doce. Sorria de olho arregalado, esfregando-se com as mãos. Arriou as calças, se babando todo, enquanto o choro dela me maltratava.
_ Cala a boca moça! deita no mato!
Comecei a observar que o que tinha a arma na mão estava tão interessado na cena que, às vezes, esquecia-se de mim. Elizabeth deitou-se na relva e seu corpo bonito encheu os olhos do meu vigia..
_ Depois sou eu...anda logo que eu já não 'guento ver...
Era a chance que eu queria:
A beleza de Elizabeth o distraíra. Chutei suas partes com toda a força que pude arranjar. Ele gemeu de dor e deixou cair a arma. Abaixei-me, peguei o revólver e me virei para onde estava Elizabeth. Seu atacante já vinha na minha direção sem as calças e empunhando a faca. Atirei duas vezes mas só acertei na segunda. Ele caiu por cima de mim e disparei novamente à queima-roupa. Tombou com dois tiros ao meu lado. Girei e descarreguei o tambor no mais velho que ainda gemia com o meu chute. Eu suava e tremia, olhando os corpos no chão.
_ Davi...
Quando me voltei vi minha companheira nua e sangrando no peito. O primeiro disparo que fiz acertara acidentalmente Elizabeth...ela morreu dizendo meu nome.
Meia hora depois, eu cavava. Juntei as roupas de Elizabeth, tirei o dinheiro dos assaltantes mortos e joguei a arma num córrego mais adiante na estrada, depois de enterrar os três corpos. O corpo do meu amor eu enterrei bem longe dos outros. Fiz tudo sem conseguir derramar uma lágrima. Só fui chorar em Manaus, num quarto de pensão barata. Chorei por toda a noite. Chorei toda a minha mágoa. Chorei toda a minha vida. Era meu destino: Estava só novamente.
Resolvi ocultar das autoridades o que havia acontecido. Ninguém descobriria mesmo... Os corpos estavam muito bem escondidos na floresta e, se algum dia os achasse, eles não seriam mais que ossos.
Merda! Merda! Merda! Pensei sozinho por várias noites o quanto valia tudo por que passei...Merda!

Continua...


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