ELEITORES BRASILEIROS DESDE 2002

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quarta-feira, 4 de novembro de 2015


POR FAVOR, CREIAM EM MIM...
Parte 16

O nosso Ford-Voador era um caminhão fácil de dirigir e era tão gostoso fazer isso que, por várias vezes, eu e Elizabeth brigávamos para ficar ao volante.
Para iniciantes, até que fomos muito bem. Em pouquíssimo tempo aprendemos todos os segredos do nosso caminhão e, na data prevista, entregamos nossa carga no seu destino. Elizabeth, sempre que estava ao volante, não desgrudava do rádio e ficava repetindo o nosso prefixo para todos os que captassem nossas ondas.
_ Aqui são os Marcianos Malucos... câmbio... somos ufólogos, isto é, nós procuramos por discos-voadores... repito... discos-voadores... se alguém souber de algum caso pelas estradas por favor nos informe... nosso prefixo é...
Eu não sabia que os caminhoneiros eram tão unidos. Ficamos conhecidos nas estradas com muita rapidez devido à nossa meta maluca de fazer contato com extra-terrestres. Não era sempre mas, às vezes, aparecia um engraçadinho no receptor:
_ Alô... câmbio... chamando os Marcianos Malucos... aqui é o Favelado de Bangu... sou do Rio de Janeiro e quero informar que uma nave do planeta Mongo, à mando de Ming, o imperador, acaba de descer aqui no planalto central... os ocupantes estão ameaçando levar o presidente da república para o espaço... câmbio... repito: planeta Mongo... à mando de Ming... diga a Flash para pegar uma carona com Spock na Interprise e vir logo para cá... tragam o Luke... câmbio e desligo.
Durante quase um mês nada aconteceu de importante. Nós continuávamos fazendo fretes e espalhando nosso nome pelas rodovias. Chegamos até a encontrar algumas pessoas que acreditavam nos OVNIs, assim como nós, e outras que nos chamavam de birutas. Mas não havia o menor sinal  de naves espaciais e extra-terrestres pelas estradas, até então. Também, sequer conhecemos ninguém que já houvesse feito um contato-imediato.
A estrada, ao que parecia, fazia muito bem para Elizabeth. Ela gostava de ver as paisagens, de dirigir o caminhão, de acordar com o cheiro de campo por perto. Enfim, a natureza lhe atraía demais. Realmente, o caminhão foi a melhor coisa nas nossas vidas. Cada estrada nova era um mistério novo. "Meu Deus!" Como gostávamos de mistério...
Quando estávamos nas rodovias mais afastadas. a sós, com a estrada e a paisagem, ficávamos libertinos. Encostávamos o caminhão no primeiro recanto e fazíamos amor, na grama, atrás das árvores, nos lagos ou em qualquer lugar que despertasse o desejo em nós. Nossa casa era o mundo, nossa meta eram os OVNIs e nossa vida era a nossa razão de viver.
Ainda não contara a Elizabeth, e achava que não contaria nunca, sobre sua irmã Elisa. Várias vezes tive vontade de falar pois, para meu castigo, elas tinham sido gêmeas e se eu olhava para Elizabeth, tinha, inevitávelmente, que lembrar da outra.
O tempo passava e eu começava a guardar outro segredo: Tinha medo que Elizabeth envelhecesse muito depressa, afinal, ela era oito anos, por aí, mais velha que eu... já começava a se distanciar dos seus anos-trinta...

Continua...

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