ELEITORES BRASILEIROS DESDE 2002

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quinta-feira, 22 de outubro de 2015


POR FAVOR, CREIAM EM MIM...
Parte 14

Nos dias que  se seguiram, eu e Elizabeth falamos, discutimos, ponderamos, imaginamos e dissecamos tudo o que podíamos a respeito do assunto "discos-voadores".
Não contei a ela que viajei no mesmo ônibus, que fomos passageiros na mesma viagem. Não podia contar com isso, sem contar também sobre Eliza, a sua irmã, que eu num delírio louco persegui até o fim, até a morte. Era um problema de consciência. Meu, só meu.
Ao invés de dizer o que também se passou comigo, preferi falar que era um ufólogo fanático, que já havia lido casos como o de Elizabeth, que acreditava em forma de vida extra-terrena, e que estava interessado em ajudá-la.
Eu era mesmo um ufólogo. Desde o acidente, procurei assimilar todas as informações possíveis sobre os discos. Li livros, juntei recortes, fiz fichários, li teses, e pela minha conversa com Elizabeth, vi que ela também procurou estudar o assunto.
O tempo ia passando e nós dois havíamos descoberto duas coisas em comum. duas coisas que achávamos maravilhosas; o amor, e a fascinação pelos discos-voadores. Quanto ao amor tentávamos manter as aparências, isto é, na firma e na rua, éramos, ou bons amigos, ou chefe e subordinado. Mas, no meu apartamento, no dela, ou num quarto de motel, nós éramos amantes dedicados. Não havia diferença de idade. Era uma única paixão, mesmo quando representávamos na rua uma amizade. Quanto aos discos-voadores, sonhávamos demais. Trocávamos idéias, teses de tempo, suposições de origem, e até discutíamos a engenharia das possíveis máquinas aéreas, que faziam suas aparições pelo mundo todo, segundo os escritos, desde as mais remotas eras. Parecíamos dois cientistas loucos quando começávamos a conversar.
Foi numa dessas conversas que tivemos nossa mais louca idéia, nosso mais louco sonho.
Estávamos no apartamento dela, nus sob a coberta, descansando do prazer. Fazia frio naquela noite, e o quarto aconchegante, era convidativo em todos os sentidos, numa noite de inverno. O mês era Junho e se passavam pouco mais de cinco anos desde o início.
_ Amor...
_ Humm?
_ De onde será que eles vem mesmo...?
_ Não sei Elizabeth... talvez venham de vários lugares, pois nem sempre são iguais...
_ Mas quê lugares são esses? Onde ficam?
_ Esse mistério, talvez o homem nunca saiba.
_ Amor...
_ Humm?
_ de que adianta estarmos vivos se não temos como adivinhar os mistérios que nos cercam?
_ Talvez, se não houvesse mistério, não se teria razão para viver aqui na Terra _comecei a rir..._ Gostou? Filosofei e aproveitei para te enrolar..._ Ela fez uma careta.
_ Tô falando sério_fez biquinho_ o homem não sabe nem de onde veio...
_ Nem para onde vai...
_ Pôxa, se é assim, o presente, que é a única coisa concreta que temos, deveria estar cheio de respostas e não de perguntas.
_ Eu acho a sua lógica muito precipitada...
_ Tô errada? Diz que estou errada. Morremos sem saber de nada sobre tudo que nos fazem acreditar... tá me entendendo?
_ É, até que tem um certo fundamento...
_ Pra mim tem muito fundamento. Não é justo que eu tenha nascido só pra morrer curiosa.
_ Mas é justamente isso que te dá vontade de viver mais e mais. Se nós soubéssemos sempre de tudo a vida não teria razão de ser.
_ Se continuarmos pensando assim vamos terminar por perder a curiosidade nos discos-voadores. É por pensar assim que o homem, falando de uma forma geral, na sua grande maioria, fica estático, preso a padrões sociais criados por ele mesmo. A tecnologia nunca progrediria se não fossem os curiosos, que podem não ter todas as respostas, mas acharam algumas... o suficiente para que o homem de hoje voasse sem asas no corpo.
Elzabeth tinha razão. Derrepente vi que alimentava uma curiosidade que não deixava crescer. Não me atrevia a assumir meu desejo de saber mais sobre os fatos que aconteceram na minha vida. Eu queria respostas mas não ia buscá-las. Só uma vez, uma única vez, eu me assumi assim, mas terminei por me achar louco. A consequência  tinha sido a morte de uma pessoa. Deixar a curiosidade crescer era perigoso e, primeiro, eu tinha que controlá-la.
_ Elizabeth, sabe que você tem razão? o homem quer respostas mas não vai ao encontro delas...
_ É, eu tenho razão, mas também sou um exemplo do que afirmo.
_ Como assim?
_ Veja só: Eu vi um objeto-voador-não-identificado, um OVNI, certo?
_ Certo.
_ Tive medo, e até hoje me arrepio só de pensar, entende?
_ E daí?
_ Mas isso não impede que eu sinta uma enorme atração pelo assunto e que, apesar do medo, acho que dou tudo para viajar num disco-voador...
_ Amor, _tive a idéia fatal_ você acharia insano se nós os caçássemos, como eles nos caçam?
_ Os discos-voadores? Quer dizer, perseguí-los??? Aos discos???
_ É isso... isso mesmo!
_ Fazer como vários grupos de estudo que correm atrás deles? É isso que está me dizendo?
_ É.
_ Mas... eu... nós não temos tanto dinheiro para as viagens...
_ Nem precisamos. Podemos peregrinar. O certo mesmo é peregrinar, por todo o Brasil... quem sabe até pelo mundo...
_ Sem dinheiro? Você está louco??... Você está louco!
_ O que é que há com você? Quem disse que não quer morrer curiosa? Fui eu?
_ Davi, caçadores de OVNIS são membros de entidades e associações que têm verbas para fazer o que se propõe. Eles são organizados, não são errantes.
_ Mas nós podemos ser. Você nunca viu um filme do Hulk? Aquele doutor maluco é um peregrino... o doutor Banner... se o Hulk pode, nóstambém podemos.
_ Davi, criatura, aquilo é um filme!!! Além do mais é mais fácil nós ingressarmos numa entidade ou organização qualquer que trate do assunto.
_ Não, Elizabeth!
_ por que não?
_ Você não entende. Sozinhos teremos mais chances de algum dia fazermos contato-imediato. duas pessoas chamam menos a atenção que centenas delas. Só precisamos de força de vontade.
_ Nós teríamos que abandonar tudo, Davi...
_ E o que nós temos aqui??
_ Ora, nós...
_ Você é tão sozinha quanto eu. Só existe nós dois e um mundo imenso cheio de portas para serem abertas...
_ Mas, Davi...!!!
_ Eu estou te fazendo uma proposta insana, a mais louca que eu já fiz pra alguém.
_ É a mais louca que eu já recebi. Você deve estar biruta...
_ Eu quero que você saia do sistema e venha comigo buscar as suas e as minhas respostas.
_ Davi, você não pode...
_ Vamos assumir essa doidice toda. Vem comigo?
_ Você não pode estar falando a sério...
Mas eu estava falando sério. Era aquilo mesmo que eu queria, acho que desde o dia do acidente. Elizabeth não conseguia entender muito bem a minha repentina decisão, pois aos seus olhos, ela teria mais motivos para sair feito doida atrás de um OVNI do que eu, uma vez que ela não sabia que eu passara pelas mesmas coisas que ela. Não pretendia contar a ela meus motivos reais, mas tentaria convencê-la a peregrinar comigo. Caso contrário, acho que iria sozinho.
Meu delírio tinha voltado: Encontrar novamente a coisa-vodora do meu passado.
_ Davi...
_ O quê?
_ Eu nunca te contei, mas...
_ ...?
_ Meu sonho é casar... e ter um filho... ser mãe.
_ Ela disse isto para me segurar. Tinha certeza. No fundo os discos-voadores não eram tão importantes para ela, quanto eu era. Mas, tive de ser sincero, pois o inverso acontecia comigo. Essa era a grande verdade.
_ Acho melhor você desistir desse sonho seu... ao menos por enquanto, Elizabeth. _ Fui duro, cruel e ela chorou.
Tudo acontecera na minha vida de forma irreal. A decisão que eu havia tomado de tornar-me um peregrino e sair dando cabeçadas atrás de luzes que voavam no céu foi a coisa mais doida que eu poderia ter feito. Isso, sem contar que essa decisão foi tomada e fixada durante uma conversa na cama. Era tudo irreal, repentino e abstrato demais para dar certo... mas acho que é assim mesmo que as coisas acontecem na vida de cada um.
Foi uma feliz surpresa, quando dois dias depois Elizabeth me procurou para dizer que iria comigo onde eu fosse.
Eu estava em casa e já abandonara até o emprego, quando ela chegou e encontrou-me cercado de livros, mapas, papéis e mais papéis.
_ Eu vou com você.
_ A viagem talvez não tenha volta...
_ Não vai ficar nada mesmo para trás. Eu vou.

Continua...

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