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Quebra-cabeça

Desculpas de Lula se repetem após depoimento devastador de Palocci, avalia Rocha
O depoimento do ex-ministro Antonio Palocci é devastador para o PT e principalmente para o ex-presidente Lula, avalia o deputado Rocha (AC). Para o tucano, são muitas evidências e não há como refutar as provas. Autor da denúncia que resultou na condenação de Lula a 9 anos e meio de prisão no caso do apartamento tríplex no Guarujá, Rocha afirma que as suspeitas estão se confirmando.

Para o tucano, além de mostrar que o tempo da impunidade dos poderosos ficou para trás, as peças começam a se encaixar na parte final do quebra-cabeça. “Como o próprio Palocci disse: essa investigação que envolve Lula é só uma página de um grande livro”, comentou Rocha.

Dois meses depois de ser condenado em primeira instância, o petista foi ouvido na ação penal na qual é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Lula é acusado pelo MPF de receber propina da empreiteira Odebrecht por meio da compra de um terreno para a nova sede do Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao que mora em São Bernardo do Campo (SP).
Segundo o Ministério Público Federal, os repasses ilícitos da empreiteira chegaram a R$ 75 milhões em oito contratos. O montante, segundo a força-tarefa da Lava Jato, inclui um terreno de R$ 12,5 milhões para o Instituto Lula e o aluguel de cobertura vizinha à residência de Lula em São Bernardo do Campo de R$ 504 mil.

Segundo Rocha, as desculpas de Lula se repetem: nega conhecer ou saber de qualquer coisa. “Não vi, não ouvi, não sei” é a mesma estratégia usada pelo ex-presidente desde o mensalão. O petista é réu em cinco ações penais e foi denunciado em mais três investigações.

MILHÕES EM PROPINA

Ao ser novamente questionado pelo juiz federal Sérgio Moro sobre as declarações do ex-ministro, Lula disse que Palocci não assumiu a responsabilidade por atos ilícitos que cometeu. E negou as afirmações de que teria feito um “pacto de sangue” com a Odebrecht para o repasse de R$ 300 milhões em propina.

“O próprio advogado de Palocci disse que Lula refuta o que não é lhe é conveniente”, disse Rocha. Ele se refere ao advogado Adriano Bretas, que defende o ex-ministro e, em declarações à imprensa classificou o ex-presidente como “dissimulado” e o acusou de mudar os adjetivos com relação às pessoas à mercê da conveniência.

Para Rocha, o ex-ministro da Fazenda foi comparsa de Lula naquilo que o Ministério Público chamou de organização criminosa. “E fica difícil para Lula contrapor informações de quem inclusive já teve o depoimento confrontado – e as informações bateram com as de Marcelo Odebrecht”, afirmou.

O parlamentar acreano afirma ainda que Lula não soube explicar sequer o aluguel do apartamento. “Ele diz que era alugado, que não sabia como o aluguel era pago, se tinha recibo, e o sujeito apontado disse que só começou a receber os tais aluguéis depois da prisão do Bumlai”, afirmou.

Outro fato que chama a atenção e corrobora o depoimento do ex-ministro é a ausência das palestras ministradas pelo ex-presidente.

Fonte: www.psdb.org.br