ELEITORES BRASILEIROS DESDE 2002

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quinta-feira, 24 de setembro de 2015


POR FAVOR, CREIAM EM MIM...
Parte 12

Depois da pergunta que fiz, sobre os discos-voadores, Elizabeth tornou-se fria pelo resto da noite. Eu tinha razão em pensar que a pergunta a balançaria na estrutura emocional. Ela nem sequer quis saber por que eu tinha feito a pergunta. Perguntas... perguntas... não insisti no assunto pois não queria me precipitar do jeito que fiz com sua irmã.
Elizabeth, durante dois dias, comportou-se de modo estranho comigo, como se quisesse contar-me algo e ao mesmo tempo, achar que não devia fazê-lo. Por fim desabafou:
_ Davi...
_ Sim?...
_ Queria te contar uma coisa.
_ Pode falar.
Nós estávamos na filial nesse dia, no gabinete dela, por isso, me voltei, fechei a porta e sentei para ouvir o que ia me contar. Notei que ela gostou de eu ter fechado a porta. Ao que parecia, me contaria uma espécie de segredo.
_ Você se lembra quando me perguntou se eu acreditava em discos-voadores?_ Fingi que não me recordava de imediato. Não queria demonstrar muito interesse.
_ Discos??? Ah... Sim, lembro-me sim...
_ Por quê fez aquela pergunta?
_ Bem, você não vai rir se eu disser?
_ Absolutamente.
_ Eu creio neles.
_ Você acredita?
_ Piamente.
_ Que bom, _ Ela respirou aliviada_ isso vai me facilitar demais.
_ Você também crê neles?
_ Sim.
_ O quê você vai me contar?_ Perguntei interessado.
_ Não sei se devo... é tão absurdo... tão horrível... _ Ela olhou para mim como se buscasse um pouco de coragem, e então começou a contar:
_ Eu vi um.
Fui pego de surpresa. Elizabeth também viu um disco-voador? Pensei que ela fosse falar da irmã, e vinha me dizer que também tinha visto um...?
_ Você viu?
_ É, eu já vi um disco-voador. Mas a história que envolve este fato é horrível... ela me persegue faz três anos,  talvez um pouco mais. Faço tudo para me esquecer. Me fogem as datas.
_ Três anos?... _ Ponderei as datas. Quase a mesma época em que eu...
_ Eu morava aqui em São Paulo mesmo. Recebi um convite para passar o verão, o carnaval, no Rio de Janeiro.
_ Rio de Janeiro...?
_ Na casa da minha... irmã gêmea. Naquele tempo ela morava lá.
_ No Rio..??
_ É, quando era viva...
_ Deus do céu!...
_ Quê foi??
_ Nada... _ Desconversei_ eu morava lá também...
_ Minha irmã tinha casado há pouco tempo com um industrial. Eu não queria realmente ir. Achei que iria atrapalhar, ela estava ainda em clima de lua-de-mel, mas ela insistiu. Telefonou-me, disse que devido a posição social do marido, tinha sempre que acompanhá-lo em recepções e coquetéis que não tinham para ela a menor graça.
_ Entendo. Ela devia ser bem simples, não?
_ Justamente. As mulheres da high-society não se encaixavam no papel de amigas. Para Elisa... Elisa era o nome dela... minha irmã, por esse motivo era de certa forma sozinha. Éramos muito apegadas, por isso aceitei o convite.
_ Foi visitá-la?
_ Comprei uma passagem de ônibus para o Rio, fiz as malas e parti numa quinta-feira à noite, na esperança de chegar pela manhã na sexta-feira. Antes nunca tivesse entrado naquele ônibus...
_ Quinta-feira... continue, por favor...
_ Quase a metade do trajeto foi normalmente. O motorista não corria muito, e eu, que não gosto de dormir em viagem, estava acordada quando a estrada se iluminou toda. Parecia que era dia claro, mas eu sabia que não passava das três horas da manhã, pois levava um relógio no pulso. Todos os passageiros se assustaram com a enorme claridade, e aí, alguém gritou que tinha uma coisa voando por cima de nós. Eu a vi pela janela. Era uma espécie de nave, imensa. Fazia rasantes sobre nós e acompanhava os movimentos do ônibus.
_ Meu Deus! _ Balbuciei sem esconder a surpresa.
_ Quando a coisa se aproximava, tudo tremia, e por vezes, o motorista, apavorado, não perdeu por muito pouco a direção.
_ É... e o quê... quê mais? _ Gaguejei.
_ Isso se deu por um tempo enorme de viagem. A nave nos perseguia, mas o curioso, é que sempre sumia ao cruzarmos com outros veículos. Algumas mulheres beiravam o pânico, mas os homens mantinham uma certa ordem no ambiente. Alguns, até arriscavam palpites, falavam de tudo, desde arma secreta até disco-voador, que era o que quase todos nós acreditávamos que fosse. Umas pessoas queriam que se parasse o ônibus, mas o motorista estava apavorado, e disse que só parava no Rio.
_ Que coisa estranha... _ Agora eu compreendia tudo.
_ Até então, a coisa só nos metia um medo misturado com curiosidade, mas não fazia mal físico. Antes de cruzarmos com alguém na estrada, a nave sumia e só reaparecia novamente quando estávamos sozinhos. Aos poucos, todos nós fizemos silêncio e ficamos observando a coisa nos seguir e acender às vezes, sua luz, que clareava tudo à nossa volta. O motorista era o mais nervoso do ônibus, pois a cada rasante ele temia perder a direção.
_ É fantástico! _ Porém real.
_ Não sei quanto tempo, exatamente, durou aquilo. Todos os relógios pararam. Todos eles, nossos relógios, pararam. Acredita? Como a nave não parava de nos seguir, o pânico retomou os passageiros. As mulheres começaram a berrar e alguns homens também. A situação ficou mais feia ainda porque estávamos numa serra existente no trajeto, e motorista já não mantinha a direção como devia. O ônibus chacoalhava para todos os lados, e a coisa-voadora começou a afetar nossas luzes e depois nosso motor. As rasantes aumentaram de intensidade e um zumbido surgia com elas. Daí em diante não lembro mais nada ao certo...
_ Por quê? _ Como se eu não adivinhasse...
_ ... Todos gritavam... o ônibus ameaçava cair em barrancos... derrapava... e a coisa nos seguia de perto... foi horrível! Nós caímos num precipício e eu gritei. Pensei que tinha morrido... mas quando dei por mim... o ônibus estava parado... atravessado na pista!
_ Não... não sei o que dizer... _ Sabia.
_ Todos nós descemos do ônibus e ficamos na estrada, com medo daquilo voltar... e aí, só vi um caminhão entrar na curva e colidir co o ônibus que estava no caminho. Muita gente que estava no meio da pista foi atropelada... eu acho que desmaiei depois...
_ É surpreendente...
_ Mas a notícia não para por aí. Quando acordei, estava nua...nua, num deserto... e depois numa selva... e em São Paulo... _ Elizabeth começou a ficar histérica. _ Ninguém me via, pensei que tinha morrido. Morta! Eu estava morta, Davi! O quê foi aquilo? O quê aconteceu comigo??? Diga para mim, pelo amor de Deus!!! Eu gritava e não adiantava... eu não entendia... Davi, e eu não entendia nada... _ Ela chorava e soluçava e falava sem parar. Tive que bater nela para que ela voltasse a si.
_ Calma, Elizabeth! Calma! _ Dei-lhe dois tapas no rosto. Ela chorou por quase um minuto, depois se agarrou em mim e terminou sua história, ainda aos soluços:
_ Davi, eu só recobrei os sentidos dois dias depois, na segunda-feira, na casa de minha irmã, no Rio de Janeiro... Davi... Como é que eu fui parar lá? Não me recordo de nada... Minha irmã disse que eu tinha chegara na sexta, pela manhã... mas não lembro... não lembro desse fato, Davi...!!!

Continua...

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